Por que é tão importante entender sobre Diabetes?
Nutricionista explica os tipos da síndrome, orientando sobre o que fazer para evitá-la em alguns casos
Diabetes Mellitus é uma condição metabólica caracterizada pela hiperglicemia, elevação da glicose no sangue e cujas causas para o desencadeamento são diversas. No Brasil, segundo uma pesquisa realizada em 2023 pela Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), 10,2% da população possui o diagnóstico da síndrome e isso coloca o país em quinto lugar no ranking mundial de incidências. O Dia Mundial do Diabetes foi celebrado no dia 14 de novembro e o mês abre espaço para discutir a temática.
Atualmente, existem quatro tipos principais desta patologia: a pré-diabetes, no qual o indivíduo ainda consegue reverter a situação; a tipo 1, menos comum, advindo de um problema na produção da insulina; a tipo 2, originada da incapacidade desse hormônio exercer adequadamente seus efeitos; e a gestacional, que ocorre somente durante a gravidez, por causa da produção de outros hormônios que bloqueiam a ação da insulina.
“Por ser uma doença silenciosa, o diabetes não apresenta sintomas, porém, em determinados casos, pode ocorrer a manifestação de alguns, como fome insistente e sede constante, vontade de urinar diversas vezes ao dia, formigamento frequente nos pés e mãos, feridas que demoram para cicatrizar e visão embaçada”, explica Daniela Veríssimo, nutricionista da Clínica-Escola da UNINASSAU Petrolina.
O diabetes tipo 2 acomete 90% dos brasileiros, ainda de acordo com os dados da Vigitel, e pode ser adquirido por inúmeros fatores, não somente genéticos. “São agentes que podem predispor a pessoa: o próprio diagnóstico de pré-diabetes, maus hábitos alimentares, pressão alta, colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue, sobrepeso e obesidade, e o uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides”, ressalta a nutricionista.
Daniela pontua que o diagnóstico pode ser obtido por meio de exames laboratoriais e orienta procurar acompanhamento de profissionais da saúde, como um médico e um nutricionista, como uma das formas de prevenir e tratar a condição do tipo 2. “Para além de medicamentos, para manter um tratamento adequado é necessária a implantação de hábitos saudáveis na rotina, como uma alimentação balanceada, a prática de exercícios físicos regulares, manter um sono equilibrado e evitar o tabagismo e a ingestão de bebidas alcoólicas em excesso”.