Fran Petersen, que é homossexual assumida, diz ter uma visão diferente de uma mulher hétero

A modelo e educadora física Fran Petersen fala sobre as diferenças entre a forma como enxerga outras mulheres e a questão do assédio e preconceito
Muito se tem debatido a questão do assédio e do empoderamento feminino na mídia. No Dia Internacional da mulher, a modelo e educadora física Fran Petersen revela o que pensa sobre o tema e conta que tem uma visão diferente em relação a mulheres hétero.
Fran Petersen, que foi musa do carnaval, diz que todos os dias lida com a questão da curiosidade gerada por sua sexualidade: “isso é uma coisa que me perguntam sempre, devido a curiosidade, pelo fato de ser feminina e não aparentar ser homossexual, até o momento que eu abro a boca (risos) as pessoas não desconfiam. Então quando eu olho uma mulher na praia, elas pensam que eu estou olhando por achar bonita alguma coisa que estão usando, e nem nos melhores dos sonhos pensam que estou olhando com olhos de desejo, como um olhar masculino. E normalmente eu não dou tiro errado”.
No entanto, apesar de se interessar por mulheres, Fran afirma que é totalmente contra o assédio, e que aborda sempre com muito respeito: “Embora eu tenha uma cabeça masculina’, penso que o respeito é fundamental. Eu chego na amizade, com conversas em comum, e a pessoa acaba se interessando, e desperto a curiosidade da mulher, por eu ser diferente. A minha posição e o meu olhar para as mulheres é masculino, mas não quer dizer que vou desrespeitá-la”.
Muitos homens alegam que acabam cantando mulheres na rua por causa da roupa curta, de um shortinho ou decote. Para Fran, embora nada justifique o assedio, é preciso um pouco de bom senso por parte das mulheres: “é complicado essa questão do shortinho curto, porque eu também uso, geralmente na beira da praia, bem curtinho. Agora usar um short curto em um restaurante ou ambiente fechado acho desnecessário. A minha roupa depende do ambiente que eu estou. Não deixo de ser mulher por ser homossexual, e acho que tem que ter bom senso na hora de se vestir. Apesar disso, nada justifica o assédio e o abuso, nada mesmo”.
Fran também revela como é difícil a questão da dicotomia entre o que sua imagem transparece para as pessoas e o que pensa de verdade: “eu passo uma imagem feminina, da mulher com corpão, que reflete e desperta desejo masculino, mas eu tenho uma mentalidade diferente, uma mentalidade masculina. Os homens não acreditam e as mulheres menos ainda. É muito difícil lidar com isso. Minha cabeça fica enlouquecida. E ai como é que eu faço? Fica muito difícil ser amiga de mulheres, assim como é complicado explicar pros homens que eu não tenho interesse neles quando chegam em mim”.
Fonte: Fotos de:  MF Press Global 

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