Santander Cultural explica cancelamento de exposição após protestos nas redes sociais

A mais nova crise em gestão de marcas da vez é do Santander Cultural, situado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Depois de receber milhares de críticas do público, o espaço se viu obrigado a fechar no domingo (10) a exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte.

A mostra foi considerada ofensiva e acusada de dar visibilidade para obras que representavam, na opinião de algumas pessoas, “apologia à zoofilia e pedofilia”, principalmente. As reclamações, que tiveram como destino o Facebook, foram inflamadas ainda mais por posts da página do MBL (Movimento Brasil Livre).

Entre as imagens mais compartilhadas, está a pintura de uma pessoa praticando sexo com um animal, além de desenhos de crianças com frases como “Criança viada travesti da lambada” e “Criança viada deusa das águas”.

Em entrevista ao jornal Zero Hora, o curador da Queermuseu, Gaudêncio Fidelis, disse que foi pego de surpresa pelo cancelamento da mostra. “Essa decisão foi unilateral do Santander. Não fui consultado em nenhum momento sobre isso, e ninguém do Santander entrou em contato comigo”. Ao Globo, Fidelis disse: “as manifestações foram muito organizadas e se debruçaram sobre algumas obras muito específicas, que não dão a verdadeira dimensão da exposição”.

A exposição contava com mais de 270 obras, entre pintura, gravuras, fotografias, vídeos, colagens, escultura e cerêmicas de nomes como Alfredo Volpi, Adriana Varejão, Cândido Portinari, Ligia Clark, Clóvis Graciano, entre outros.

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