Magalu evolui botão de denúncia para oferecer orientação e apoio multidisciplinar à meninas e mulheres vítimas de violência psicológica
O objetivo da ação é atuar nos primeiros sinais de violência, que precedem as agressões físicas e até os feminicídios.
– O Magalu, principal ecossistema de compra e venda do país, amplia uma de suas ferramentas de combate à violência contra a mulher. O botão de denúncia, disponível no SuperApp da companhia desde 2019, passará a ter uma nova função, que direciona ao projeto Justiceiras. Esta plataforma oferece um serviço multidisciplinar de acolhimento e apoio e atende vítimas em até 24h. Há dois anos, o superaplicativo já conta um botão, que permite acesso direto ao Ligue 180 e, desde 2020, via chat, ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, recebendo denúncias online.
A nova funcionalidade encaminha vítimas ou denunciantes a um formulário de assistência com algumas perguntas. Lá, é preciso preencher informações, mantidas em total sigilo, que irão guiar os atendimentos de acordo com cada caso. A plataforma Justiceiras foi criada em março de 2020, durante aumento do número de casos de violência doméstica no início da pandemia e já atendeu mais de 4 mil mulheres de todo o Brasil. O projeto conta com voluntárias nas áreas de direito, psicologia, assistência social, médica e uma rede de apoio capacitada para atender virtualmente diversas situações. O Justiceiras possibilita orientação para que mulheres em situação de violência realizem, quando desejarem, o boletim de ocorrência online ou presencial, ou peçam medidas protetivas. Também é uma rede de acolhimento para informar, fortalecer e encorajar meninas e mulheres que estão sofrendo qualquer tipo de abuso ou agressão dentro de casa.
A campanha começou na segunda-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, e também leva informações sobre a violência psicológica em todas as redes sociais da marca, por meio da influenciadora virtual, Lu do Magalu. Com o intuito de conscientizar e alertar, a ação #NemLoucaNemSozinha irá mostrar comportamentos, frases e atitudes que podem configurar violência psicológica, mas que muitas vezes são imperceptíveis para vítimas e pessoas próximas. Segundo a Lei Maria da Penha (Lei Nº 11.340), a violência psicológica é qualquer conduta que cause dano emocional e diminuição da autoestima ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento, que vise degradar ou controlar ações, comportamentos, crenças e decisões. “Estamos sempre preocupados em ampliar o escopo do nosso papel no combate à violência contra a mulher, e essa evolução do botão no nosso SuperApp é mais um passo nessa direção”, afirma Fred Trajano, CEO do Magalu. “Desta vez, nossa intenção é atuar nos primeiros sinais de violência psicológica que, muitas vezes, antecedem a violência física”.
A iniciativa, com foco nas ações de prevenção, foi desenvolvida em parceria com a agência Ogilvy. “Enxergamos uma oportunidade de dar visibilidade para aquilo que, nem sempre é tão visível no relacionamento abusivo: as marcas da violência psicológica. O objetivo é ampliar a consciência das mulheres sobre os outros tipos de violência e trazer a área de suporte psicológico do SuperApp como solução”, diz Isadora Prado, gerente de planejamento da Ogilvy Brasil.
Dados da Rede de Observatórios da Segurança, que monitora a violência nos estados de São Paulo, Pernambuco, Bahia, Rio de Janeiro e Ceará revelaram que em 2020, essas regiões somaram 1.823 casos de violência contra a mulher, uma média de 5 casos por dia. Foram 449 casos de feminicídios, apenas nestas regiões ao longo do ano passado, o que é mais de uma mulher assassinada por dia. Entre abril de 2020 e fevereiro de 2021, o botão de denúncias do superapp Magalu já recebeu mais de 890 mil cliques. Para as denúncias ao 180 foram mais de 60 mil cliques e 18 mil no chat online. O botão do superapp Magalu, que agora ganha uma nova função, já é propositadamente discreto para garantir máxima segurança às vítimas que desejam denunciar seus agressores.
“Ao longo de todo o ano atuamos nesta causa, mas usamos a data para evidenciar que a violência psicológica pode ser o início de um problema futuro ainda maior. Para nós, agir logo no início pode reduzir as assustadoras taxas de violência física contra as mulheres no país,” afirma Ana Luiza Herzog, gerente de reputação e sustentabilidade do Magalu.
Para compor o ecossistema de ações em favor das mulheres, em agosto de 2020, a companhia lançou um fundo de 2,6 milhões de reais para financiar entidades de todo o Brasil que trabalham com o combate à violência contra a mulher. Na primeira semana de março, o Magalu anunciou a lista das 20 entidades selecionadas para receber aportes financeiros e mentoria de gestão.
Além disso, o Magalu possui desde 2017 o Canal da Mulher, um serviço que oferece ajuda às funcionárias da companhia vítimas de violência. Desde a sua criação, o Canal da Mulher deu apoio a mais de 520 mulheres. Por meio dele, qualquer funcionário do Magalu pode denunciar ou notificar a existência de mulheres em situação de risco. A partir dos registros, psicólogos da empresa entram em contato com a vítima para entender o contexto e oferecer a ajuda mais adequada a cada caso. De acordo com a gravidade da situação, as colaboradoras recebem assistência psicológica, orientação jurídica e auxílio financeiro.
SOBRE O MAGALU
O Magalu é o maior ecossistema para comprar e vender no Brasil, uma plataforma digital, com pontos físicos e calor humano. Desde maio de 2011, a companhia é listada no Novo Mercado da B3. Nos últimos anos, fez diversas aquisições, consolidando sua presença nacional. Além de 1 237 lojas em 18 estados do país, o Magalu conta com mais cinco marcas online: Netshoes, Zattini, Shoestock, Época Cosméticos e Estante Virtual – além de milhares de sellers em seu marketplace e um superaplicativo com 30 milhões de usuários ativos. Atualmente, o Magalu emprega mais de 47 000 funcionários. Sua política de gestão de pessoas foi reconhecida com diversos prêmios.
SOBRE O JUSTICEIRAS
Criado pela Promotora de Justiça Gabriela Manssur, do Instituto Justiça de Saia, junto da Administradora e Advogada Anne Wilians do Instituto Nelson Wilians, e o Empresário João Santos do Instituto Bem Querer Mulher, o Projeto Justiceiras visa suprir a necessidade de canais e sistemas alternativos para combater e prevenir a violência de gênero. É a primeira rede multidisciplinar online no Brasil que fornece orientação e apoio, além de fazer encaminhamentos necessários para as autoridades competentes e auxiliar meninas e mulheres vítimas de violência doméstica. A iniciativa objetiva reunir o maior número possível de mulheres voluntárias nas áreas do Direito, Psicologia e Assistência Social, médica e mulheres engajadas na causa do enfrentamento à violência contra a mulher de todo o Brasil, para que acolham, apoiem e prestem orientação técnica à distância.