Pesquisador e filósofo fala sobre a tristeza e a depressão em entrevista a rádio gaúcha

O escritor, pesquisador e filósofo Fabiano de Abreu em entrevista a Tua Radio, falou sobre a depressão, seus sintomas, e o que sua pesquisa aponta como causa, assim como possíveis tratamentos.
 
A ciência já comprovou os efeitos fisiológicos da depressão, que vai muito além de uma simples tristeza, e que esta preocupante doença, que atinge a milhões de pessoas ao redor do mundo ja é considerada o mal do século 21: silenciosa, de difícil diagnóstico e socialmente cercada de tabus e desinformação.
 
O Pesquisador e filósofo luso-brasileiro Fabiano de Abreu é um estudioso do assunto, e tem compartilhado seus pensamentos e reflexões sobre o tema, em palestras, fóruns e participações em rádios e veículos de mídia do Brasil e da Europa. Recentemente, em entrevista a Tua Rádio, do Rio Grande do Sul, falou sobre as conclusões que suas pesquisas tem chegado sobre o assunto e como tratar a questão da depressão.
 
 Fabiano, que também é jornalista e assessor de artistas, tem a sua volta pessoas dos mais variados contextos. Este contato com o mundo das celebridades de forma aprofundada, em contraste com o mundo das pessoas comuns, traz uma concepção diferenciada sobre os motivos aos quais pessoas que as vezes são amadas por todos, tem fama e dinheiro, podem também deprimir-se, o que mostra que nem sempre o sucesso é sinônimo de felicidade.
 
Fabiano também é autor do livro “Viver Pode Não Ser Tão Ruim”, um livro de frases filosóficas com interpretações simples para o dia a dia. Frases motivacionais no intuito de auxiliar na busca de uma plenitude, seja da paz, felicidade, ou contínuos momentos de leveza sentimental. 
 
Durante a entrevista, Fabiano pontua que existe um ponto de partida para a depressão: “a tristeza pode começar momentânea e tornar-se crônica. Assim, pode consumir e instalar-se em nossa mente tornando-se uma doença. Quando chega a esse nível, precisa-se de ajuda médica. Para vencê-la é preciso acreditar em nossa capacidade de sair de situações difíceis e não criar pânico devido ao problema que ocasiona a tristeza, extraindo força da fraqueza.”
 
Para o filósofo, ninguém é tão soberano a ponto de achar que está livre disso e que tem um auto-controle tão poderoso: “Contudo, o simples fato de acreditar que sua força o impede de deixar que seja dominado pela tristeza, é um incentivo para que realmente seu inconsciente lute contra esse mal. A auto doutrina é um combustível para que tenhamos metas infinitas em nossa vida para ocupar o vazio que abrem as comportas para a entrada da tristeza. Quando existe um motivo e temos consciência do motivo, já possuímos um antídoto para a cura, o antídoto pode não ser um remédio e sim atitudes”.
Créditos – Foto: Davi Borges / MF Press Global
Por: Vanessa Scarcella

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