UFBA abre nesta segunda exposição de Sebastião Salgado sobre Povos Indígenas

A exposição “Índios Korubo: Vale do Javari”, de Sebastião Salgado, um dos maiores nomes da fotografia mundial, será aberta nesta segunda-feira, dia 12 de março, às 17 horas, na Reitoria da Universidade Federal da Bahia, como uma das atrações mais importantes do Fórum Social Mundial, que acontece de 13 a 17 de março em Salvador, ocupando diversas unidades da UFBA.  As imagens expostas são resultado do contato do artista mineiro com o povo Korubo, do Vale do Javari, oeste da Amazônia. Os Korubos não falam português, em sua maioria, e são frágeis frente às doenças comuns entre não índios. Conhecidos como violentos e chamados de “caceteiros” – em razão de usarem bordunas, em vez de arco e flecha – estão ameaçados pela exploração clandestina das riquezas de seu território.

Com o lema “Resistir é criar, resistir é transformar”, o Fórum Social Mundial abordará os “ Povos Indígenas” como um dos seus eixos temáticos, contando com mesas de debate e mostras artísticas. O trabalho de Salgado é uma continuidade de “Gênesis”, que inclui fotos dos índios Zo’és, do Pará, e de outras etnias. A série de reportagens fotográficas faz parte de um projeto maior, “Amazônia”, classificado por Salgado como seu “último projeto”, já que ele pretende revisitar e reeditar seus antigos acervos. 

Esta semana, em 19 de fevereiro, o fotógrafo doou 16 fotos de sua expedição pela Amazônia ao Superior Tribunal Federal (STF). Cada foto é avaliada em 200 mil reais. Parte dessa mostra, que irá se consagrar com o projeto Amazônia” e rodará o mundo, estará disponível durante o Fórum Social Mundial na Reitoria da UFBA.

Outra exposição com temática indígena será “Resistência”, da artista plástica Arisana Patoxó, da etnia Pataxó. Egressa do curso de Artes Plásticas da Escola de Belas Artes da UFBA, ela irá expor 10 quadros no hall de entrada do pavilhão Glauber Rocha (antigo PAF III), de 13 a 17 de março. Mesas de discussão, intervenções artísticas e culturais, e diferentes manifestações culturais e políticas das principais lideranças indígenas do país e do mundo, a exemplo de Sônia Guajajara, da Terra Indígena Araribóia, Maranhão, coordenadora da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), completam a programação.

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