A síndrome do “eu assediado” na propaganda
Depois de um certo tempo no mercado, alguns publicitários, por consequência de sua ascensão ou posição profissional, estão sujeitos a sofrer de um mal alarmante, chamado pelos psiquiatras de “Síndrome do Eu Assediado”.
Os sintomas dessa doença (por vezes contagiosa) incluem: ego inflamado, sensação de importância extrema, surdez, cegueira, xiliquinhos, mimimis, entre muitos, mas muitos outros.
A tendência é que o quadro se agrave de acordo com a intensidade dos motivadores da Síndrome. Ou seja: quanto mais o sujeito é assediado, mais doente ele fica.
Mas, calma, nem tudo está perdido.
A ciência já sabe, por exemplo, que é perfeitamente possível que profissionais assediados evitem sofrer desta que, hoje, é considerada uma das síndromes mais traiçoeiras. Mas como?
Segundo especialistas, a solução mais eficaz está no amadurecimento da autopercepção, habilidade popularmente chamada de “se enxerga, rapá!”. Sim. Seres profissionais mentalmente evoluídos, apesar do assédio, continuam se vendo no espelho como homo sapiens, distanciando-se da primeira armadilha da Síndrome: o autoendeusamento.
O publicitário Rafael Bacchi, que há 3 anos trocou a função de redator em agência pelo cargo de sócio-diretor na produtora de áudio Chiclete Art Sounds, nos conta sobre essa transição, que o inseriu inevitavelmente no grupo de risco.
“Quando você passa a ser responsável por contratar pessoas e influenciar de uma forma mais significativa em suas vidas profissionais, você está perigosamente sujeito a contrair a Síndrome. Hoje recebo com cuidado o assédio natural de músicos, atores, locutores, produtores… Percebo claramente que, diante desse assédio, corremos o risco de dar mais valor à prática do poder do que à chance de incluir novidades necessárias em nossa rede de contatos. A aproximação crescente de decisões que impactam em movimentações financeiras relevantes também deve ser administrada com cautela”, reflete o publicitário.
Para piorar a situação, um estudo recente, realizado pela Universidade do Semancol, na Humildeolândia, revelou que a Síndrome do Eu Assediado não está sozinha. De acordo com a pesquisa, a doença já convive hoje lado a lado com outras patologias de caráter semelhante, como o Mal de Pinóquio, a Ocupadorite Aguda e a polêmica Síndrome de Long Dong.
A prevenção continua sendo o melhor remédio. Portanto, take care 😉
Rafael Bacchi, sócio-diretor da Chiclete Art Sounds
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