PINTURAS E ESCULTURAS DE ANA CASTRO NO PALACETE DAS ARTES
O meio ambiente e a vida marinha estão no centro das preocupações da artista visual Ana Castro na mostra que será aberta na próxima terça-feira, dia 16 de maio, às 19h, no Palacete das Artes, na Graça. A exposição intitula-se “Amaromar”, e inclui 21 pinturas abstratas, em acrílica sobre tela, de grandes formatos, além de uma instalação de esculturas de grande porte, executadas em alumínio e plástico, materiais comumente descartados nos lixões ou no mar.
O plástico é o grande vilão na formação das denominadas” ilhas de lixo” nos mares e oceanos.Ana Castro mergulhou no mundo azul com suas nuances e mistérios, além de absorver as tonalidades vivas e contrastantes das algas, corais e de outros animais que habitam o reino das águas, uma produção marcada pela gestualidade de suas vigorosas pinceladas.
O texto de apresentação da mostra é do artista, crítico e curador Justino Marinho, que ressalta: “Ana Castro mostra coerência no percurso da sua arte. Tem um jeito próprio de realizar sua pintura, cria uma técnica pessoal, adequada aos seus fins expressivos. Ela pinta conforme as exigências de sua sensibilidade. Suas últimas criações vão além das angústias e das emoções pessoais, e abordam problemas que afligem toda a sociedade, em relação à sobrevivência do planeta. Não representam as aparências visuais da realidade, traduzem tensões emocionais, impregnadas de dramaticidade que variam da calma à tempestade”.
Com formação em Arquitetura e Design Gráfico, Ana Castro realiza a sua sétima exposição individual. Autodidata, ela dedica-se não apenas à pintura, mas desenvolve esculturas a partir de materiais especiais. Em sua trajetória, participou de inúmeras exposições individuais e coletivas, no país e no exterior.
Para a artista, “o sentimento e a energia aplicados em cada tela continuam sendo um processo intuitivo e visceral.Sempre foi a minha marca, a minha caligrafia. A pintura não tem limite, ou melhor, o limite é a própria tela”.
Plásticos no mar
De acordo com o Programa Ambiental das Nações Unidas, detritos de plástico constituem 90% de todo o lixo flutuante nos oceanos. O programa estima que 46 mil peças de plástico flutuantes provocam a morte de mais de um milhão de aves e de outros 100 mil mamíferos marinhos por ano. Se o aumento de resíduos como garrafas, sacolas e copos de plástico se mantiver no ritmo atual, em 2050 haverá mais plástico do que peixes em peso no mar e 99% das aves marinhas terão consumido restos deste material. Por ano, são lançados ao mar oito milhões de toneladas de plásticos.
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