Elis – O Filme
“Elis – O Filme” é o longa ideal para curtir algumas canções mas peca quando se trata da vida real da cantora
A maioria de nós que gosta um pouco de música brasileira conhece a voz e a história de Elis Regina. E com certeza, até quem não gosta de MPB conhece pelo menos uma canção da pimentinha.
Cantora desde a infância, Elis Regina Carvalho Costa (Andreia Horta) entra na vida adulta deixando o Rio Grande do Sul para espalhar seu talento pelo Brasil a partir do Rio de Janeiro. Em rápida ascensão, ela logo conquista uma legião de fãs, entre eles o famoso compositor e produtor Ronaldo Bôscoli (Gustavo Machado), com quem acaba se casando. Estrela de TV, polêmica, intensa e briguenta, a “Pimentinha” não tarda a ser reconhecida como a maior voz do Brasil, em carreira marcada por altos e baixos.
Com uma vida de coragem desde o momento que decidiu ser cantora e colocou a “cara a tapa” e insistiu até ser escutada. Com muita força de vontade para brigar por seu lugar sabendo de todo seu potencial (se comparando a grandes cantoras da época) ela lutou para chegar onde chegou quebrando algumas regras e impondo suas vontades.
Elis – O Filme, optou por não contar com muita precisão o lado “pimentinha” da cantora. Passando por várias épocas da vida dela, o filme deixa a desejar quando esconde o lado mais forte de Elis. A produção peca na falta de datas, para ser preciso com relação à história real que acaba mostrando pouco da história musical e de vida real da cantora.
Sempre sorridente, até quando cantava sem fazer esforço para ser tão afinada e perfeita dentro da música que se propunha a cantar, Elis lançou muitos compositores e fez crescer a MPB.
Andrea Horta conseguiu em muitos momentos estar muito próxima da imagem da protagonista, falar e cantar sorrindo eram marcas registradas que foram muito bem representadas, a timidez de quem não sabia dançar mas sabia o quanto era boa cantando são transmitidos com perfeição pela atriz.
Preciso falar de mais dois atores. Ícaro Silva no papel do sempre divertido Jair Rodrigues, está muito próximo do real com sua expressão corporal de quem realmente se diverte e é feliz. E também Julio Andrade no papel do multi artista Lennie Dale. Andrade está presente em 3 filmes com lançamento recente e faz 4 papéis completamente diferentes, com muito fervor e realidade. Meu salve nesse filme vai para ele!!!
Elis – O Filme, deixa a desejar quando conta uma história mais romantizada, menos política e sem foco em um assunto. Mas ganha pontos quando apresenta uma Elis cantando e fazendo o publico cantar junto. Então faz um aquecimento vocal e corre pro cinema pra rever (pra quem lembra dela) ou conhecer um pouco mais de Elis Regina.
Fonte: Por Karen Barbosa | QpQ Resenha
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