Bahia terá que qualificar mais de 50 mil trabalhadores
O cenário de desemprego é tão alarmante, que hoje chega a atingir em torno de 12 milhões de pessoas, segundo o IBGE (Instituto de Geografia e Estatística). E, por incrível que possa parecer, 41% das vagas de trabalho não são ocupadas, por falta de mão de obra especializada. A escassez em algumas áreas técnicas chega a ser uma surpresa, já que com o boom do ensino técnico em todo o país, esperava-se que a demanda de vagas estivesse de acordo com a de candidatos para as vagas. Na Bahia, por exemplo, para atender a demanda de alguns setores, será necessário qualificar mais de 54 mil profissionais, entre os anos de 2017 e 2020, para atender setores que estarão em alta no mercado, como Meio Ambiente e Produção, Energia, Construção, Tecnologias da Informação e Comunicação. No restante do país, este número pode chegar a 13 milhões de trabalhadores. “Atualmente, apenas 11% dos estudantes que saem do ensino médio escolhem a formação profissional. Dessa forma, a demanda por técnicos é maior que a sua oferta. É preciso despertar o interesse dos profissionais com relação às vantagens de seguir uma carreira técnica”, explica Anderson Braga, sócio mantenedor do CETTPS, instituição referência no ensino técnico, localizada em Camaçari. As empresas, em sua maioria, se queixam que os candidatos chegam às entrevistas com falta da habilidades técnicas e pessoais e falta de experiência. Vale lembrar que o salário de um profissional da área técnica pode alcançar, pelo menos, 95% do valor de um profissional que está numa posição acima e de nível superior. Ou seja, com um menor tempo de aprendizado, o técnico acaba conquistando um salário muito próximo de um profissional com formação acadêmica tradicional. Em Salvador, o esforço para encontrar profissionais atinge outras áreas além da indústria, como vagas nas áreas de serviços, vendas e atendimento ao cliente.
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