“Tributo ao Ilê Aiyê” terá ensaios no Auditório Liceu/Funceb
No Mês da Consciência Negra, o espaço abrigará processo de encenação do espetáculo sobre o primeiro e mais importante bloco afro do país. Grupo estreia temporada em Pernambuco
No mês de mobilização pela consciência negra, novembro, o espetáculo Tributo ao Ilê Aiyê realiza ensaios no Auditório Liceu/Funceb. A narrativa conta a história do primeiro e mais importante bloco afro do Brasil, mostrando a trajetória de luta do povo negro, trazendo recortes sobre a articulação de movimentos negros, estética negra como ato político, religiosidade que fazem parte da origem e resistência da Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê ao longo dos anos.
Os ensaios acontecem antes de uma temporada em Recife, apoiada pela Caixa Cultural, com apresentações previstas entre os dias 17 e 19 de novembro. O espetáculo foi apresentando pela primeira vez quando o Ilê Aiyê completou 25 anos de existência. De lá para cá a montagem já foi apresentada em diversas capitais brasileiras, tendo sido montada em Curitiba, Brasília (2014), Rio de Janeiro (2015), chegando em 2016, ano de celebração dos 42 anos do Ilê.
“Nós fazemos um espetáculo feito por todos, homenageando e contando um pouco da história do Ilê, que, é considerado por nós um Patrimônio Imaterial”, considerou Ceiça Boaventura, diretora geral da montagem e produtora do bloco por 10 anos. Criado no dia 1º de novembro de 1974, o Ilê atualmente é um grupo cultural de luta pela valorização e inclusão da população afrodescendente, inspirando a criação de muitos outras entidades semelhantes no Brasil e no mundo.
Os ensaios no Auditório Liceu/Funceb foram abrigados como forma de reconhecimento à importância da entidade. A expectativa dos realizadores é a de que, após a temporada em Pernambuco, o espetáculo possa ser mostrado na capital baiana, através da articulação com instituições locais que tenham um olhar sensível ao espetáculo, apoiando este projeto que fortalece a cultura negra baiana.
“O espetáculo é gratidão e reconhecimento a tantas iniciativas promovidas pelo bloco afro em prol da sociedade, através do resgate e valorização da auto-estima negra”, complementa Ceiça. A direção cênica é do ator e diretorÂngelo Flávio Zuhale.
Mais ensaios – Além dos ensaios do Tributo ao Ilê Aiyê, até o início de dezembro o Auditório Liceu/Funceb recebe ensaios da montagem Fragmentos de um código esquecido, que tem direção da estudante, bailarina e pesquisadora Claudiana Honório, da Honório Cia de Dança, grupo formado por bailarinos oriundos do Curso Técnico em Dança da Escola de Dança da Funceb e de Licenciatura em Dança da Universidade Federal da Bahia – Ufba.
Os interessados em utilizar o auditório devem apresentar solicitação em formulário próprio disponível na sede da Funceb e no site www.fundacaocultural.ba.gov.br.
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