Shows do Quinteto Sanfônico da Bahia, Renato Borghetti e do americano Murl Sanders marcam o segundo dia do IV Festival Internacional da Sanfona
O som típico gaúcho de Renato Borghetti se misturou à sonoridade nordestina do Quinteto Sanfônico da Bahia e ao estilo americano de Murl Sanders, na noite em que o palco brilhou, no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro (BA). Esta quinta-feira (14) foi marcada pelo início da série de concertos do IV Festival Internacional da Sanfona, que chega ao seu segundo dia.
Quem abriu as apresentações, às 20h, foi o Quinteto. Puxado pelo cantor, sanfoneiro e curador do evento, Targino Gondim, o grupo variou os ritmos das canções, tocaram músicas de Vinícius de Moraes, Chico Buarque, João Gilberto e Sivuca. “O mestre Luiz Gonzaga tem um papel tão forte no nosso imaginário, que muitas pessoas ligam imediatamente o acordeom ao forró. Hoje vamos passear mais por outros ritmos”, disse Targino ao público, enquanto se preparava para tocar ‘Mercedita’, um clássico paraguaio.
Pouco tempo depois, foi a vez de Renato Borghetti tirar aplausos das crianças, idosos, jovens e adultos que estavam no centro de cultura. A canção ‘Felicidade,’, de Lupicínio Rodrigues, tocada pela gaita de ponto do instrumentista gaúcho, fez o público ficar de pé. Em seguida, o americano Murl Sanders esbanjou simpatia ao se apresentar falando um pouco em português e usando versos que incluíam o Rio São Francisco.
Mas o segundo dia do festival da sanfona começou bem antes. Logo pela manhã, o professor instrumentista, Edglei Miguel, ministrou a segunda aula da oficina de acordeom que fará até esta sexta-feira (15). As exposições de sanfona e de fotografia também levaram os visitantes a andarem pelos corredores do João Gilberto. Pela tarde, Chico Chagas, um dos mais respeitados acordeonistas do Brasil, iniciou o workshop de harmonia e acompanhamento, em que falou sobre a combinação das vozes, função do acordeom e do sanfoneiro em um grupo, além do manuseio do fole.
A programação seguiu cheia, e a partir das 17h o espaço ‘Jam Sanfona Session’, deu oportunidade para acordeonistas da região e de outros estados se apresentaram na casa das artes em Juazeiro. Como foi o caso do piauiense Thiago Costa, 14, da cidade de São Raimundo Nonato. Instrumentista há mais de dois anos, o rapaz disse que não poderia perder o festival. “Só a oportunidade de tocar na frente de artistas como Targino Gondim, Renato Borghetti e Chico Chagas já me deixa emocionado”, salienta o adolescente que veio num grupo de 50 pessoas do Piauí.
Nesta sexta-feira (15), o festival conclui os trabalhos nas oficinas e exposições (ambas a partir das 9h), além do workshop com Nelson Faria e Chico Chagas, que a partir das 14h, abordará técnicas de improvisação musical. O roteiro da sexta ainda conta com os shows, às 20h, de Oswaldinho, Mestrinho e os argentinos Vanina Tagini e Gabriel Merlino, também no Centro de Cultura João Gilberto. É só no sábado (16), que as apresentações se transferem para a Orla Nova de Juazeiro, quando os cantores Fagner e Targino Gondim, ao lado dos instrumentistas Chico Chagas, Murl Sanders, Daniel Itabaiana, Flávio Baião, Wanderley do Nordeste, Silas França, Vanina Tagini e Gabriel Merlino, darão o ritmo do último dia de shows.
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