WARCRAFT – O PRIMEIRO ENCONTRO DE DOIS MUNDOS
- 6 de junho de 2016
- Por Kátya Elpydio
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SINOPSE E DETALHES
Não recomendado para menores de 12 anos
Super Mario Bros., Lara Croft: Tomb Raider, Need for Speed – O Filme, Street Fighter – A Última Batalha e muitos outros. São vários os exemplos de péssimas adaptações dos games para as telonas. Mas tantos que o fã chega a tremer ao receber a notícia que seu querido game será levado para os cinemas.
Após um longo período de produção, Warcraft – O Primeiro Encontro de Dois Mundos chega aos cinemas tentando mudar este histórico. E para isso contou com a ajuda do diretor ideial para o projeto: Duncan Jones, um sujeito que não apenas é fã do jogo como ainda possui uma trajetória cinematográfica bem respeitável, sendo responsável pelos ótimos Lunar e Contra o Tempo. Após duas ficções científicas ambiciosas, mas de pequena escala, ele assume o desafio de provar que o cinema de fantasia épica pode ir além do universo de O Senhor dos Anéis e O Hobbit.
Outro importante desafio de Jones era fazer o filme atraente para gamers e não-gamers. Uma produção de US$ 160 milhões não pode depender apenas da base de fãs. Tem que conquistar todo um novo público. E a principal dúvida com relação ao longa é justamente esta: conseguirá conquistar os não-iniciados? A impressão é que não. Pelo menos, não totalmente. O filme corre no que diz respeito a apresentação de personagens e falha ao apresentar conceitos que os gamers já estão cansados de conhecer.
Já os fãs de Warcraft… Ah, os fãs de Warcraft irão se deliciar. Com mais de 20 anos de histórias, Jones voltou às raízes e adaptou a trama do primeiro jogo, Warcraft: Orcs & Humans, que trata do primeiro contato entre orcs e humanos. O diretor trata ainda de dedicar praticamente o mesmo tempo em cena para os dois lados, apresentando uma novidade no universo da fantasia. Diferentemente de O Senhor dos Anéis, aqui não temos os humanos como heróis e os orcs como monstros. Existem heróis e vilões dos dois lados.
O longa conta com boas cenas de batalha, com direito a tomadas aéreas de vilas tomadas por orcs que irão deixar os fãs do game super empolgados. Cabe destacar ainda o belo trabalho de efeitos especiais desenvolvido pelos magos da Industrial Light & Magic, principalmente no que diz respeito aos cenários e aos orcs.
Como no jogo, o cenário do filme conta com diversos tipos de clima e ambientação em um espaço reduzido. É como estivéssemos numa Terra bem reduzida, com florestas, desertos, montanhas cobertas de neve e vulcões separados por uma curta distância.
Mas pouca coisa chama tanta atenção quanto os orcs, criados com a ajuda da captura de movimento. A equipe do filme tem tanto orgulho do que criou que tratou de colocar uma cena importante dos orcs logo de cara. Trata-se de um momento sensível e íntimo do orc Durotan com sua esposa. Eles não estão escondidos na sombra. Já na sequência inicial, vemos os orcs em sua plenitude. Ainda que o sentimento por trás da cena seja um pouco artificial e clichê, os efeitos são realmente impressionantes.
Se visualmente o filme impressiona, o mesmo não se pode dizer em termos de história. Tudo é muito apressado e as reviravoltas são previsíveis. Apresenta um universo interessante, mas não consegue desenvolver completamente os personagens presentes no mesmo.
Destaque na série Vikings, Travis Fimmel vive Anduin Lothar, líder do exército dos humanos. O ator vai bem nas cenas de ação e até possui certo carisma, mas fica devendo nos momentos mais dramáticos. Também é inserido em um romance que parece apressado. O elenco conta ainda com Toby Kebbell, Paula Patton, Ben Foster, Dominic Cooper, Ben Schnetzer, Robert Kazinsky e Daniel Wu.
Fãs da Horda ou da Aliança devem ficar bem satisfeitos com o longa e esperar que a promessa de uma trilogia se confirme. Mas o mesmo não se pode dizer dos não iniciados.
ELENCO:
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