Veja as 15 profissões que cresceram durante a crise
Profissões resistentes à crise
A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) mapeou 604 profissões e identificou aquelas que cresceram mesmo em um cenário de crise econômica. Deste total, apenas 140 setores (23,2%) registraram geração de vagas entre julho de 2014 e dezembro de 2015, e 15 tiveram crescimento acima da média.
Entre elas, trabalhadores nos serviços de manutenção de edificações (com 71,5 mil novas oportunidades), operadores de telemarketing (27,5 mil) e recepcionistas (25,4 mil). Segundo o economista da CNC Fábio Bentes, a maioria das profissões que geraram vagas no período exige baixo nível de qualificação e oferta salários abaixo da média nacional.
A média salarial no mercado formal brasileiro é de R$ 2.624, enquanto nestas 15 profissões o salário médio é R$ 1.506. Outro destaque, segundo o economista, é que as profissões são ligadas a serviços essenciais – aqueles em que não se pode abrir mão mesmo na crise.
PROFISSÕES COM MAIOR GERAÇÃO DE VAGAS DURANTE A CRISE:
1. Trabalhadores nos Serviços de Manutenção de Edificações: 71.537 vagas
2. Operadores de Telemarketing: 27.448 vagas
3. Recepcionistas: 25.368 vagas
4. Técnicos Auxiliares de Enfermagem: 23.748 vagas
5. Trabalhadores Auxiliares nos Serviços de Alimentação: 22.392 vagas
6. Garçons, Barmen, Copeiros e Sommeliers: 20.900 vagas
7. Trabalhadores de Cargas e Descargas de Mercadorias: 12.411 vagas
8. Professores de Nível Médio na Educação Infantil: 11.054 vagas
9. Enfermeiros de Nível Superior e Afins: 10.339 vagas
10. Trabalhadores Agrícolas na Fruticultura: 10.247 vagas
11. Caixas e Bilheteiros (exceto bancos): 9.329 vagas
12. Trabalhadores na Exploração Agropecuária em Geral: 8.665 vagas
13. Cuidadores de Crianças, Jovens, Adultos e Idosos: 7.095 vagas
14. Farmacêuticos: 6.789 vagas
15. Trabalhadores na Pecuária de Pequeno Porte: 4.937 vagas
Atuação feminina – Mais 12 ocupações profissionais
O estudo da CNC constatou ainda que em 10 das 15 profissões destacadas predominam trabalhadoras mulheres. É o caso dos professores de nível médio na educação infantil (94,4%), cuidadores de crianças, jovens, adultos e idosos (90,8%) e enfermeiros de nível superior (85,3%). Do total de profissionais em atuação nos segmentos analisados, 66,6% é do sexo feminino.
“Factualmente, o salário das mulheres é 30% menor que o dos homens. Isso pode ter sido uma saída que muitos empregadores encontraram para combater a crise, diante da necessidade de cortar custos”, avaliou Fábio Bentes.
O Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS) anunciou ontem o reconhecimento de 12 novas categorias profissionais segundo a Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). Entre as novas profissões estão agente de combate a endemias, condutor de ambulância, mestre de cerimônias e entrevistador social. Com as novas inclusões, as ocupações reconhecidas pelo MTPS no Brasil chegam a 2,6 mil.
As atualizações são feitas anualmente pelo ministério. Os dados da CBO alimentam as bases estatísticas de trabalho e servem de base para a formulação de políticas públicas de emprego. A atualização é feita levando em conta mudanças nos cenários cultural, econômico e social do país.
Exemplo disso é a atividade de entrevistador social, que surgiu com os programas sociais do governo federal, adotados nos últimos 12 anos. A CBO é o documento que reconhece a existência de determinada ocupação e não a sua regulamentação. A regulamentação da profissão é realizada por lei, cuja apreciação é feita pelo Congresso Nacional e submetida à sanção da Presidência da República.
Fonte: Cartão de Ponto
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