Muzenza e Ibeji foram destaques do programa Ouro Negro no sábado de Carnaval
Todo Menino é um Rei, Pequeno Príncipe de Airá, Bloco da Saudade, Polimania, Canelight, Bola Cheia, Vem Sambar, Malê de Balê e Bankoma também desfilaram no sábado no circuito Osmar
O Ouro Negro abrilhantou o circuito do Campo Grande, dia (6), terceiro dia da Folia de Momo em Salvador. Dezenoves blocos, entre entidades infantis, afro e de samba, tomaram conta das ruas do centro fazendo alegria de milhares de foliões dentro e fora das cordas. Passaram pelo trajeto os blocos Todo Menino é um Rei, Pequeno Príncipe de Airá, Ibeji, Bloco da Saudade, Polimania, Canelight, Bola Cheia, Vem Sambar, Malê de Balê, Muzenza, Amigos de Cajá, Didá, Mundo Negro, Bankoma, Jaké, Axé Dadá, Boka Louka, Dengo Baiano e Ambiental Ecossistema.
Ao som do sambista Xande de Pilares e do grupo Bambeia, três mil foliões do Bloco Vem Sambar se entregaram ao romantismo do samba carioca. Em companhia das irmãs, a recepcionista Elaine Cristina, 39 anos, afirmou que a escolha é sempre pelas entidades de samba. “Bom mesmo é sambar na avenida. Já sai no Alerta, no Alvorada e esse ano estou aqui”, disse. Para o vocalista do grupo, Rogério Bambeia, o samba tem ganhado cada vez mais espaço no Carnaval da capital baiana. “Era quinta, depois a sexta e agora o sábado. Estamos crescendo e isso nos deixa numa alegria enorme. Mais feliz ainda em trazer Xande, esse grande nome, para nossa festa”, comemorou.
O tradicional afro Muzenza espalhou encantamento por onde passou. Com o tema Muzenza: 35 anos de Reggae, Cultura e Cidadania, a entidade reuniu baianos e turistas. Destaque para a rainha do bloco, Edimeire Rosário que, de cima do trio, distribuiu simpatia e mostrou todo molejo da dança afro. Para o Bob Rasta, 64 anos, que não quis revelar a verdadeira identidade, não faltaram elogios ao falar do Muzenza. “Esse é o melhor bloco afro da Bahia”, disse ele que desfila na entidade carnavalesca desde a sua fundação.
Para todas idades – O bloco Pequeno Príncipe de Airá apresentou um repertório com músicas criadas pelo projeto, que se desenvolve no terreiro de candomblé Ilê Axé Obainã. No lugar, crianças e jovens da região aprendem percussão, coral e canto em parceria com o Neojiba. Para Thiganá Almeida, vocalista e professor de canto, o projeto visa fortalecer a autoestima dos jovens e, no Carnaval, ele “leva para as ruas as nossas origens e a da comunidade”.
Existente há 22 anos, o bloco Ibeji este ano leva as crianças para curtir a Gang do Samba, que tem um repertório especial de samba de roda voltado para elas. “Criança que samba é uma criança feliz”, anima-se Lúcia da França, fundadora do bloco. Neste domingo (7) ele puxa os Tambores do Axé, Banda Nave Louca e Lucas e Orelha, também no Campo Grande a partir das 11h. O Ibeji Bloco Infantil é bicampeão do Troféu Dodô & Osmar (2010 e 2011) como Melhor Bloco Afro Infantil e campeão do Troféu Castro Alves (2012) como Melhor Bloco Infantil.
CARNAVAL DA CULTURA
O Carnaval da Cultura 2016 é o carnaval da democracia e da diversidade, que leva para as ruas, durante todos os dias e circuitos da folia, a mistura de ritmos e gêneros musicais e, principalmente, a estética e a arte de diferentes artistas, grupos e entidades culturais da Bahia. São centenas de atrações e shows gratuitos de afoxé, samba, reggae, axé, pop, MPB, fanfarras e muito mais. É diversão garantida para todos os gostos e estilos no espaço público da rua para alegria do folião. O Carnaval da Cultura – uma realização da Secretaria da Cultura do Estado da Bahia, por meio do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI) – está organizado a partir de quatro programas: Carnaval do Pelô, Carnaval Ouro Negro, Carnaval Pipoca e Outros Carnavais. A programação completa de nossa festa está disponível nos sites www.cultura.ba.gov.br e www.carnaval.bahia.com.br.
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