Risco de infarto é maior durante o frio

Obesidade, sedentarismo e tabagismo são exemplos de fatores de risco para infarto que muita gente conhece, mas, além deles, há um bastante curioso do qual não se fala muito: o frio. Devido a vários efeitos que temperaturas baixas têm sobre o corpo, as estações mais geladas do ano favorecem a ocorrência de ataques cardíacos – e especialistas explicam por quê.

Frio aumenta risco de infarto

O infarto ocorre quando há necrose de parte do músculo cardíaco a partir de um bloqueio nas vias em que o sangue corre. Normalmente, esse bloqueio, consiste em um coágulo formado com o acúmulo de gordura no interior das artérias e, quando o fluxo sanguíneo é interrompido de forma súbita, provoca o ataque cardíaco.

Colesterol alto, má alimentação, estresse, obesidade, sedentarismo e algumas doenças podem aumentar as chances de uma pessoa ter um infarto ao longo da vida – mas, ao lado deles, o frio também contribui para esse risco. Segundo Cesar Jardim, cardiologista do Hospital do Coração, isso ocorre especialmente pela redução do fluxo sanguíneo que se dá em temperaturas mais baixas.

“Um dos principais motivos é a vasoconstrição [contração dos vasos sanguíneos], que reduz o fluxo sanguíneo, provocando um desequilíbrio entre a oferta e a demanda de oxigênio no organismo”, afirma o médico, acrescentando que mudanças comportamentais comuns de épocas mais frias também podem contribuir para que os riscos de ataques cardíacos aumentem nesses períodos.

Um exemplo disso, segundo ele, é o de que, no frio, muita gente deixa de lado os exercícios físicos ao mesmo tempo em que consome alimentos mais calóricos que provocam uma maior sensação de bem-estar. “O exercício físico aquece o corpo, melhora a disposição, e existem muitos alimentos que também podem proporcionar esse bem-estar sem excesso de calorias”, indica.

Para ele, quando chegam as épocas mais geladas, é importante que tanto as pessoas que têm predisposição a infartar quanto as que não fazem parte do grupo de risco prestem mais atenção nos hábitos. “É imprescindível realizar check-up cardiológico anualmente, praticar exercícios físicos com orientação de um profissional e consumir alimentos saudáveis, evitar gorduras e sal em excesso”, diz.

Fonte: MSN

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