“É preciso dar mais valor aos talentos das escolas”, afirma filósofo
Com um QI maior do que Jô Soares, Roger Moreira e Steve Jobs, com percentil 99% segundo os testes da Mensa e também pelo WAISS III aplicado por neuropsicólogos, o filósofo e jornalista Fabiano de Abreu tem defendido como uma solução para melhorar o aproveitamento dos alunos no sistema educacional brasileiro, que crianças e adolescentes sejam submetidas a testes de inteligência nas escolas. Desse modo tanto pais, como os próprios alunos, teriam ciência das aptidões que possuem e em quais profissões poderiam ter maiores chances de sucesso em sua carreira futura.
Não apenas no âmbito educacional, as declarações de Fabiano vêm ao encontro dos anseios destes novos tempos em que vivemos, em que cada vez mais empresas e instituições em diversos países, inclusive no Brasil, recorrem aos testes de aptidão e inteligência como auxiliares dos processos de recrutamento, seleção e avaliação de novos colaboradores. Assim, o filósofo acredita que é importante conhecermos os nossos pontos fortes e as nossas limitações para estar aptos a responder de forma mais concreta às expectativas e exigências do mercado de trabalho atual.
A psicóloga Roselene Espírito Santo Wagner concorda com a utilidade dos testes e defende também uma sondagem ampla para direcionamento dos alunos a um melhor aproveitamento: “Quando testamos crianças, precisamos escolher testes que nos informem algo mais que meramente a capacidade intelectual. Medir a idade mental e a cronológica é importante para criarmos um plano de estimulação cognitiva se for necessário. Para tanto é importante analisar outros domínios como Compreensão Verbal (CV), Organização Perceptual (OP), Velocidade de Processamento (VP) e Memória Operacional (OP), além de um índice de inteligência geral, para aí sim, termos de facto um Programa que realize a comparação entre as discrepâncias, para assim desenvolver as habilidades que estiverem em defasagem. Nesse sentido os Testes Neuropsicológicos são altamente recomendados para crianças”.
Fabiano explica o seu posicionamento: “os testes de inteligência avaliam aptidões e podem apontar em que áreas aquele indivíduo pode ter mais habilidades, capacidade e pré-disposição ao sucesso. Não estou a dizer que aquele aluno tem que fazer somente o que o teste revela, o caminho apontado pelos testes, mas pelo menos vejo como útil ter ciência de onde ele pode se encaixar melhor, como é feito em países desenvolvidos. Na Alemanha, EUA e Suíça por exemplo, a maioria dos profissionais fizeram teste para saber onde se enquadra melhor e muitos são os melhores profissionais do planeta em suas respectivas áreas de atuação. O governo precisa estimular os testes de inteligência para que o aluno perceba suas aptidões e seja um bom profissional. Entrei em contato com o Ministério da Educação sobre essa proposta, embasado em estudos e dados. No entanto, não obtive resposta”.
Em entrevista para o Jornal ‘A Tribuna’, Fabiano de Abreu ressaltou a importância não somente dos testes de inteligência, mas o quanto isto pode ser benéfico para todos: “ao ignorar a oportunidade de estimular a inteligência em jovens aptos, no caso dos superdotados, o País desperdiça o potencial deles e os mantém em uma situação de invisibilidade social. É preciso dar mais valor aos talentos das escolas”.
Fonte: Vanessa Scarcella