Uma análise sobre as redes sociais na Black Friday 2017

Depois dos quase 2 bilhões de reais movimentados pela Black Friday de 2016, uma nova avalanche de promoções e campanhas de marketing já era esperada esse ano. Dias antes da fatídica sexta-feira, milhares de caixas de e-mail já estavam lotadas de cupons e promoções. E nas redes sociais o movimento não foi diferente.

Uma pesquisa divulgada pela Agência Edelman Significa revelou que o número de vezes em que o termo Black Friday foi citado nas redes sociais até o dia 23 de novembro ultrapassou 469 mil menções, tendo pico de mais de 120 mil citações no dia anterior à data.

Nas redes sociais, o cenário perfeito para as empresas lançarem suas estratégias de marketing. De um lado, um público atento (e sedento por ofertas) e, do outro, as empresas munidas dos melhores posts para vender mais e, claro, para elevarem suas taxas de engajamento.

E como não poderia ser diferente, algumas campanhas tiveram destaque. A mLabs, ferramenta de gerenciamento de redes sociais, listou algumas dessas ações nas redes sociais e fez uma análise das tendências e melhores estratégias para a data.

Black Post: a compra cega que rendeu milhares de compartilhamentos à Magazine Luiza

A Black Friday 2017 foi também uma oportunidade incrível para as empresas engajarem e se relacionarem com o público. Pensando nisso, dias antes da Black Friday a Magazine Luiza lançou a campanha Black Post Magalu no Facebook.

A campanha com o mote #QuemConfiaSeDáBem, propunha uma compra cega ao público, que clicava no post e era redirecionado para efetivar uma compra sem saber o que iria receber em casa. Apesar de limitada a pouco mais de 700 produtos (com descontos realmente diferenciados), a campanha rapidamente viralizou rendendo milhares de compartilhamentos na rede social.

Eventos no Facebook: como a americanas.com promoveu o “esquenta” da Black Friday 2017

A criação de eventos públicos foi a maneira que a americanas.com (e outras grandes marcas também) usou para preparar seu público para a data. O evento foi criado alguns dias antes da Black Friday e na sexta-feira já registrava mais de 19 mil interessados e 4,3 mil presentes.

Além de “esquentar” o público com as ofertas antecipadas durante a semana, a empresa apostou em enquetes para saber quais produtos deveriam entrar em promoção. No dia D, a americanas.com apostou também em ações de alto potencial de engajamento, estimulando curtidas e compartilhamentos dos seus posts.

Influenciadores Digitais: as melhores ofertas levadas pelas maiores referências da rede

A Dafiti, uma das maiores lojas virtuais de moda do país, aproveitou o poder dos influenciadores digitais para levar suas ofertas no Facebook através do melhor formato em termos de alcance e engajamento na rede social: as lives.

Para isso, criou a #maratonaBlackFriday e convidou algumas das principais youtubers de moda e maquiagem para dar dicas ao vivo, falando também das ofertas do dia. A primeira live da série durou três horas e teve mais de 100 mil visualizações.

Quem também investiu na relação do público com os influenciadores digitais foi o Submarino. A empresa convidou uma série de influencers de diversos nichos (moda, tecnologia, games e outros) para escolherem, junto com seus públicos, quais produtos deveriam entrar em promoção na data.

Para isso, apostou em lives (no Instagram e no Facebook) e contou com a divulgação das campanhas também nos perfis desses influenciadores. Vídeos, enquetes, gifs foram alguns dos recursos utilizados na campanha.

Mega Lives: falando com o público em tempo real

O Shoptime também apostou nas mega lives para divulgar suas ofertas. A empresa transpôs seu modelo de vendas para o Facebook com uma live de 9 horas! Mais de 100 mil pessoas participaram da apresentação, que rendeu também milhares de reactions e comentários no Facebook.

Contagem regressiva e links para hotsite

Já famosa por suas ações nesta data, a Kabum apostou no Facebook e no Instagram para converter seu público durante a Black Friday.

Nos dias anteriores à data, lançou um “hotsite Black Friday” e publicou nas redes sociais uma série de posts de contagem regressiva que convertiam para o canal. No site, dicas de como comprar e aproveitar a Black Friday (inclusive regras referentes à liberação progressiva das ofertas), estatísticas das campanhas anteriores apresentadas de um jeito divertido e, claro, links para as ofertas do dia.

Gifs: a dose de humor da Black Friday

O Mercado Livre apostou nos GIFs para criar um concurso de charadas no Facebook. Para isso, inseriu uma charada em cada GIF e, o primeiro fã que acertasse e digitasse a resposta certa no buscador de produtos do ML, encontrava uma oferta com até 99,9% desconto.

Polêmicas à parte (afinal, era apenas uma oferta por charada e a campanha foi interrompida antes do final), a ação rendeu um bom engajamento na rede.

Ofertas escondidas, enquetes e muito engajamento nas redes sociais

O Walmart também investiu no Facebook para promover suas ofertas e engajar o público. Posts com promoções escondidas que eram reveladas enquanto os usuários tentavam adivinhar qual produto tinha o desconto e enquetes para descobrir quais eram as ofertas mais esperadas pelo público movimentaram a Fan Page da marca na semana da Black Friday.

Tendências da Black Friday nas redes sociais

Fazendo um balanço do que essas e outras marcas fizeram nas redes sociais, levantamos algumas tendências que realmente marcaram as campanhas na Black Friday.

1 – Uso de vídeos

Seja por ser o formato de maior alcance nas redes sociais (os algoritmos das redes priorizam esse tipo de conteúdo) ou mesmo por sua capacidade de impactar e reter o público, os vídeos foram um dos formatos mais usados nas estratégias de marketing para Black Friday nas redes sociais.

2 –  Interação ao vivo

A possibilidade de interação com o público em tempo real fez com que as lives (tanto no Facebook quando no Instagram) tivessem espaço garantido nas campanhas esse ano.

E não foi à toa que esse formato foi tão utilizado. Chegar a um público extremamente segmentado, com alto potencial de adesão em tempo real e a custo zero é algo impensável anos atrás.

3 –  Relacionamento acima de tudo

Como já era esperado, vimos muitos posts com ofertas na Black Friday. Mas vimos também um cuidado maior com a abordagem e com a forma com que essas ofertas foram levadas ao público.

Além de uma linguagem e apresentação mais alinhada com as persona, muitas empresas deram voz à audiência. As enquetes para escolha das ofertas, o uso de recursos de gamificação para liberação de promoções, o incentivo ao compartilhamento e participação em tempo real foram algumas provas disso.

4 –  Social Branding

Se, por um lado, as redes sociais serviram à Black Friday, por outro, a Black Friday também serviu às redes sociais. Isso porque ela deu ainda mais visibilidade às marcas.

Campanhas como as da Magazine Luiza e Mercado Livre, por exemplo, são provas de como o objetivo, em muitos casos, não foi “apenas” vender mais. O ganho de visibilidade decorrente do engajamento em ações bem humoradas e com baixo retorno direto, mostra que o Social Branding é, cada vez, mais uma estratégia viva para as empresas

Este artigo foi produzido pela Mariana Cabral, especialista em Inbound Marketing e SEO da mLabs

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