Um Superbowl por dia?
Acredito que todo profissional de mídia de agência já tenha visto, pelo menos uma vez, um dado que adoramos propagar para os estrangeiros que visitam as agências, sejam clientes, anunciantes ou profissionais de propaganda: por conta da força da TV Aberta no nosso país, conseguimos gerar uma audiência equivalente ao Superbowl todos os dias, mas após o conteúdo apresentado pelos profissionais da NFL (National Football League), percebi que esse talvez seja o único ponto que temos em comum.
Durante uma palestra por aqui, Mary Pat Augenthaler, vice-presidente de eventos da liga, contou um pouco mais sobre o esporte nº 1 dos americanos (tem mais que o dobro de fãs que o baseball, segundo lugar). Aprendemos um pouco sobre o processo de preparação para o evento, como é feita a definição do local do jogo e como a NFL conseguiu transformar o evento em algo maior que o jogo em si, sempre tendo como foco o público do esporte. Como? Gerando diferentes formas de engajamento e interação com os fãs na semana que antecede a partida, um evento pré-jogo que seja atraente e relevante, um grande show durante o intervalo (que se tornou o grande espetáculo que é hoje graças a um esforço de emissoras concorrentes tentando roubar audiência do evento), e o jogo propriamente dito, que ainda é o grande protagonista da história. Tudo está voltado para que a experiência do fã esteja sempre em primeiro lugar (como deve ser).
No Brasil, o consumo de conteúdo sobre futebol americano está crescendo: já somos o 2º mercado internacional em número de fãs no Facebook, temos um representante brasileiro na liga (Cairo Santos, kicker reserva do Kansas City Chiefs) e dados da ESPN mostram que a audiência do Superbowl quase triplicou nos últimos três anos. Esta relevância que o esporte tem adquirido no Brasil tem atraído a atenção da NFL – existem planos futuros para a realização de um jogo oficial em terras tupiniquins, como os que serão disputados em Londres e Cidade do México em 2018. Do nosso lado, a esperança é que os responsáveis pelo esporte no nosso país possam se espelhar em exemplos como o da NFL, seja em como tratar o espectador ou como promover o esporte de forma sustentável.
Por Thiago Fernandes, Channels and Engagement Group Director da BETC, direto da Viagem do Grupo de Mídia
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