FESTIVAL DE CINEMA JUDAICO DE SÃO PAULO CHEGA À 21ª EDIÇÃO
Programação conta com 24 produções entre filmes de ficção e documentários
– De 30 de julho a 9 de agosto, o Clube Hebraica realiza o 21º Festival de Cinema Judaico de São Paulo, trazendo à capital paulista 24 produções premiadas e apresentadas em diversos festivais internacionais, sendo 19 delas inéditas. O clube foi o responsável por idealizar e organizar o evento desde sua primeira edição, em 1996. Além de longas-metragens de ficção, a programação inclui também documentários.
Neste ano, o festival ocorre em mais endereços paulistanos. Além da sala no próprio Clube Hebraica, também receberão filmes o CineSesc, o Museu da Imagem e do Som, o Cinemark Higienópolis, a Casa das Rosas e a Livraria Cultura. Ao todo, são três salas gratuitas. Nas demais, os ingressos variam de R$ 6,00 a R$ 40,00.
Para a edição de 2017, o festival buscou reunir filmes de temática judaica nos seus mais diversos aspectos, como esportes, música, história, feminismo, imigração, direitos humanos, entre outros temas. O filme de abertura, o alemão Bye Bye Alemanha, conta a história de David Bermann que, ao lado de seu grupo de amigos, escapou do regime nazista e sonha em partir para a América. Juntos, resolvem começar um negócio para vender roupa de cama fina aos alemães e, para sorte deles, o trabalho floresce e um futuro brilhante pode ser visualizado no horizonte. Entretanto, algumas perguntas sobre o passado ainda o fazem pensar. Por que ele tem dois passaportes? Poderia ter colaborado com os nazistas? A direção de Sam Garbarski, já conhecido pelos sucessos Irina Palm e Tango de Rashevski, chama a atenção do espectador. Bye Bye Alemanha terá uma sessão especial de abertura do evento, no dia 30, na sede da Hebraica.
Outro destaque é o longa-metragem No Mapa, que fala sobre a superação por meio do esporte. Em uma batalha considerada de “David contra Golias”, o time israelense do Macabi Tel Aviv conseguiu derrotar os campeões soviéticos, em um momento inesquecível da história do basquete mundial e para a história de Israel. Naquela final do Campeonato Europeu de Basquete em 1977, toda a nação se uniu para acompanhar e torcer pelo grande feito do time. O chamado “Milagre de Hardwood” é contado de forma emocionante pelo capitão da equipe e herói do basquete israelense Tal Brody e por outros jogadores e jornalistas da época. Brody estará presente na sessão do dia 5 de agosto, também na Hebraica.
Pluralidade
Para Monica Tabacnik Hutzler, vice-presidente social e cultural do Clube Hebraica, o evento chega à 21ª com uma safra mais robusta de filmes, cumprindo, assim, o seu papel de reunir e apresentar vários aspectos da cultura judaica. “O Festival, definitivamente, entrou na programação anual da cidade de São Paulo e dos fãs da sétima arte. Para 2017, nosso objetivo é ampliar ainda mais o espaço para o debate, exibindo obras de grande qualidade e de relevância internacional”, afirma.
Também merece realce o alemão O Povo vs Fritz Bauer, vencedor dos prêmios de Melhor Filme, pelo Júri Popular Festival de Locarno 2016 e Melhor Filme pela Associação dos Críticos da Alemanha 2016. Tendo como destaque a atuação de Burghart Klaußner, como o promotor de justiça alemão que desafiou seu país para trazer um notório criminoso de guerra nazista à Justiça, a película tem como pano de fundo a Alemanha nos anos 1950. Neste contexto de pós-guerra, o procurador-geral Fritz Bauer está empenhado em responsabilizar os líderes do Terceiro Reich. Embora caluniado por inimigos que procuram silenciá-lo, Bauer prossegue com uma aliança proibida para prender o autor intelectual do Holocausto, Adolph Eichmann. Sob a direção de Lars Kraume, a obra tem nos excelentes cenários e figurinos, além da trilha sonora ancorada no jazz, os pontos altos.
Entre os filmes de não-ficção, aparece a obra produzida em parceria entre França e Itáilia, O Maestro. O documentário relata a história de um maestro determinado e sua busca por músicas compostas clandestinamente durante a II Guerra Mundial em campos de concentração. Ajudado por sua esposa e amigos, ele arquivou mais de 4.000 partituras, incluindo sinfonias, óperas, canções folclóricas, obras litúrgicas e, também, música cigana. Para debater sobre música e o contexto do tema dentro da película, a sessão de O Maestro, no dia 6 de agosto, vai contar com a presença do maestro João Carlos Martins.
A programação completa de filmes e horários está disponível no site: http://www.hebraica.org.br/festival-de-cinema-judaico/.
SERVIÇO – 21º FESTIVAL DE CINEMA JUDAICO DE SÃO PAULO
Data: 30/07/2017 a 08/08/2017
Horários: http://www.hebraica.org.br/festival-de-cinema-judaico/
Cinemas: Sala Hebraica – Rua Hungria, 1.000
Cinemark Pátio Higienópolis – Av. Higienópolis, 646
Museu da Imagem e do Som (MIS) – Av. Europa, 158
CineSesc Augusta – Rua Augusta, 2075
Casa das Rosas – Av. Paulista, 37
Livraria Cultura / Conjunto Nacional – Av. Paulista, 2073
Ingressos:
HEBRAICA
Abertura – R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia);
Individual – R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia) – ingressos de sessões normais fora abertura;
Combo com 5 exibições / cada ingresso – R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Passaporte (Só para sócios) – R$ 118,00
OUTRAS SALAS:
Livraria Cultura, Casa das Rosas e MIS – gratuitos
CineSesc – R$ 12,00 (inteira) e R$ 6,00 (meia)
Cinemark Higienópolis – R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia)
Mais Informações: www.hebraica.org.br
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