Olodum referencia o sol

Mais uma vez, bloco do Pelourinho volta seu olhar ao Egito e fala do faraó Akhenaton 

No ano em que a canção “Faraó Divindade do Egito” completa 30 anos, o Olodum volta seus olhos mais uma vez para África, precisamente ao Egito, um dos países mais enigmáticos do continente africano. Com o tema, “O Sol – Akhenaton: Os Caminhos da Luz”, desta vez, o pai de Tutacamom, Akhenaton, famoso por ser o criador do monoteísmo, adorador do sol, será homenageado no desfile da atração, além de todas as influencias do astro rei.

Serão três dias de desfile 2426 e 28 de fevereiro. Na sexta-feira, o Bloco inicia o desfile no seu berço de origem, o Pelourinho e depois compartilha esse momento de sua história no circuito Osmar (Campo Grande) com todos os foliões na Avenida. No domingo de Carnaval, o Olodum é o primeiro a desfilar na orla de Salvador, no circuito Barra/Ondina. Na terça-feira, dia 28, vai ter Olodum para o folião Pipoca.

O tema do carnaval do Bloco Olodum em 2017 marca a celebração dos 30 anos da canção Faraó Divindade do Egito de Luciano Gomes. Em 1987, pela primeira vez na história do Carnaval da Bahia que um Bloco Afro teve a ousadia e a irreverência de retratar a cultura Egípcia africana em seu desfile Carnavalesco.

O hit foi à sensação e contagiou os foliões de Salvador e do Brasil, todos entoaram este hino musical que permanece até hoje na memória e no coração de todos mundialmente. O bloco Olodum  tem o patrocínio Caixa Econômica Federal e Governo do Estado (Bahiatursa) e o apoio da Air Europa. Antes, para alegria de baianos e turistas, o Olodum realizou ainda as tradicionais terças da benção e os ensaios do bloco.

Músicas – Além da canção que completa 30 anos, e foi cantada por grandes nomes da música brasileira, o Olodum também apresenta as canções vencedoras do Femadum. O primeiro lugar do festival ficou com a canção de Juka Maneiro, Sandoval Melodia e Roberto Cruz, batizada de “Olodum Fonte de Energia. O segundo lugar ficou para Genivaldo Evangelista e Katia Show com a música Reino Maior. Ambas fazem referencia ao Egito e a historia de Akhenaton.

Figurino – Baseados no tema do Carnaval do Olodum, o figurino egípcio tem como base o ouro, o branco e o amarelo para representar o Faraó iluminado e místico. O resultado final foi um figurino com brilho que reflete a identidade do grupo percussivo que nasceu no Pelourinho.

Responsável pelas roupas dos cantores, Tania Regina usou no seu figurino materiais como pedrarias, tecidos e couro ecológico dourado, nemes coloridos com as cores da África, colares e braceletes  bordados com as cores do Olodu.

Para a banda percussiva, composta de 120 integrantes, o estilista Miguel Carvalho apresenta para os destaques, composto por uma ala de 12 pessoas, a representação da tríade: Faráo Akenaton, Nefertiti e Hórus.

História – O grupo surgiu de uma brincadeira carnavalesca em 25 de abril de 1979 entre os amigos Carlos Alberto Conceição, Geraldo Miranda, José Luiz Souza Máximo, José Carlos Conceição, Antônio Jorge Souza Almeida, Edson Santos da Cruz e Francisco Carlos Souza Almeida. O que era para ser uma opção de lazer momentânea para os moradores do Maciel-Pelourinho ganhou todo o mundo.

A palavra Olodum é de origem Yorubana, idioma falado pelos Yorubás vindos da Nigéria e do Benin para a Bahia em séculos passados. A palavra completa é Olodumaré – o Deus criador, o Senhor do universo e representa no Candomblé um princípio vital, a Suprema Ordem Fundamental – SOF.

O grupo ganhou sonoridades diferentes, transformou a musicalidade africana calcada na percussão e originou novos ritmos, como o Ijexá, Samba, Alujá, Reggae, Forró e se transformou numa expressão viva do samba-reggae, ritmo idealizado por Neguinho do Samba. Daí em diante, o que era apenas um sonho, virou realidade. O Olodum conquistou o mercado musical e se transformou numa das bandas percussivas de maior sucesso no Brasil e até internacionalmente.

Cores – As cores que representam a banda também não foram escolhidas ao acaso. Todas juntas formam a base do Pan-Africanismo, Rastafarianismo e do Movimento Reggae. São as cores internacionais da diáspora africana e constituem uma identidade internacional contra o racismo e a favor dos povos descendentes da África. O verde, as florestas equatoriais da África. O vermelho, o sangue da raça negra. O amarelo, o ouro da África (maior produtor mundial). O preto, o orgulho da raça negra. O branco, a paz mundial.

Internacional –  A banda já percorreu países como França, Estados Unidos, Bélgica, Holanda, Alemanha, Itália, Suíça, Escócia, Noruega, Dinamarca, Inglaterra, Argentina, Espanha, Eslovênia, Canadá, Japão, Chile, Escócia, Cuba, Angola, Senegal e Benin, Portugal, Irlanda, Irlanda do Norte, Turquia, Israel, Finlândia, México, Venezuela, Austrália, Guiana Francesa, Coréia e Senegal.

Já encantou artistas como Michael Jackson, Linton Kesey Johnson, Paul Simon, Julian Marley, Gal Costa, Caetano Veloso, Xuxa, Ivete, Cidade Negra, Caetano, Gil, Tim Maia, Jorge Ben, Elba Ramalho, Daniela Mercury e Carlinhos Brown. Conquistou títulos como de Torcida Oficial da Copa do Mundo e os percussionistas já estiveram em duas aberturas de jogos mundiais.

Carnaval 2017

Dia 24 de fevereiro – Bloco Olodum – Circuito Batatinha  – concentração 15 horas
Dia 24 de fevereiro – Bloco Olodum – Circuito Osmar – Campo Grande – concentração 19 horas

Dia 26 de fevereiro – Bloco Olodum – Circuito Dodô – Barra – concentração 15 horas

Dia 28 de fevereiro – Pipoca Olodum – Circuito Osmar – Campo Grande – concentração 19 horas

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