É preciso mudar, e já
Há uma crise ética no Brasil. Estamos passando por tempos sombrios, em que a ética vem sendo colocada cada vez mais em segundo plano, não só em casos extremos que presenciamos todos os dias nos noticiários, mas também em situações menores do nosso dia a dia, e que nos habituamos a presenciar a todo momento.
Não é difícil perceber que a questão da ética (ou a falta dela) está na raiz dos grandes problemas do país. De um lado, pelo desvirtuamento que a corrupção gera no processo decisório e até mesmo no cotidiano das pessoas. E do outro, pelo desequilíbrio que a busca exacerbada por ganhos – mesmo que traga perdas e danos aos outros – acaba gerando.
Ética não é um simples normativo de regras previamente consensuadas, que ditam o que é aceitável e o que não é. Vivenciar o compromisso com a ética deve ser um exercício coletivo de pensar e refletir, sempre, sobre as atitudes humanas e suas consequências, para todos e para o todo. Sempre!
Faz sentido criar estratégias que tiram vantagem da ignorância ou da inocência do ser humano? Vale a pena explorar veladamente os mais fragilizados? Faz algum sentido crescer por crescer, gerando desequilíbrios que possam enfraquecer todo o ecossistema, tornando-o cada vez mais vulnerável?
É preciso mudar, e já. E, para isso, nunca foi tão eminente, neste contexto cada vez mais conectado em que vivemos, um resgate da ética e dos valores existenciais do ser humano. Precisamos promover reflexões e ações que reforcem que a vivência da ética está diretamente relacionada à escolha pelo bem comum, direcionando ações excludentes do que seria a falta ética no dia a dia de nossa sociedade, do mundo dos negócios e, principalmente, do nosso ambiente politico.
Questões como essas devem ser amplamente discutidas. Sem o domínio desse assunto, continuaremos estagnados e a crise continuará instaurada.
A educação tem um grande poder de transformar a realidade ao nosso redor, e aprender é o primeiro passo para a transformação. Hoje, mais do que nunca, é preciso levar conteúdo de qualidade para quem está disposto a aprender. Conhecer, estudar e adquirir os meios para formar sua opinião, posicionar-se. Se a ética é um exercício coletivo, o segundo passo é o de compartilhar, promovendo a troca desse conhecimento com as pessoas mais próximas.
Cada atitude individual – em todas as suas formas – tem uma influência no coletivo. Somos exemplos uns para os outros e é preciso, de fato, assumir essa responsabilidade.
A sociedade precisa se pautar pelos valores que busquem o bem comum, deixando a ignorância das soluções de “mão única”, compreendendo que o grande desafio está no desenvolvimento de relações que sejam sadias e duradouras.
É tempo de transformar o mundo em que vivemos, e as suas relações. Empodere-se, e comece já!
Artigo encaminahdo por Vinicius Debian, sócio-diretor de gestão e negócios da the goodfellas
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