UFBA concede título de Doutor Honoris Causa a Maria Bethânia
O reitor da Universidade Federal da Bahia, professor João Carlos Salles, concederá o Título de Doutor Honoris Causa à cantora e intérprete baiana Maria Bethânia, em cerimônia que acontece na próxima sexta-feira, dia 9 de dezembro, no Salão Nobre da Reitoria da UFBA, no Canela. A solenidade obedecerá aos ritos acadêmicos que costumam caracterizar atos como este e está prevista para ter início às 17 horas.
A outorga do título a Maria Bethânia foi proposta por iniciativa da Faculdade de Arquitetura e das Escolas de Belas Artes, Teatro, Dança e Música, que, nos 70 anos da UFBA, “prestam uma homenagem à baiana que nasceu junto com a universidade e é responsável pela divulgação e preservação de dois importantes patrimônios imateriais brasileiros, sua voz e sua poesia”.
Maria Bethânia
Nascida em Santo Amaro, Bahia, em 18 de junho de 1946, Maria Bethânia Vianna Teles Veloso é a sexta filha de José Teles Veloso (Seu Zezinho), funcionário público dos Correios, e de Claudionor Viana Teles Veloso (Dona Canô).
Ao lado do irmão também famoso, o cantor e compositor Caetano Veloso, e de outros cantores proeminentes da época, participou na juventude de espetáculos teatrais e shows musicais que foram aos poucos tornando conhecida sua voz potente e singularíssima, primeiro na Bahia e, adiante, em todo o país. Em larga medida, o primeiro salto na carreira foi assegurado quando, em 1965, substituiu a cantora Nara Leão no espetáculo Opinião, do Teatro de Arena, dirigido por Augusto Boal, no Rio de Janeiro. Sua genial interpretação de Carcará, de João do Vale, a lançou logo e com justiça no rol das grandes cantoras do país. Neste mesmo ano, mudou-se para o Rio de Janeiro, onde assinou contrato com a gravadora RCA e lançou seu álbum de estreia.
Em 1967, seu segundo álbum, Edu e Bethania, em parceria com Edu Lobo por proposta deste compositor, impulsionou sua carreira. Alguns anos depois, foi ela a idealizadora do projeto musical Doces Bárbaros, que percorreu o pais e resultou no lançamento do disco homônimo, ao vivo, juntamente com Gal Costa, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
Em 1990, Bethânia comemorou 25 anos de carreira com o LP 25 Anos, cujo repertório, essencialmente brasileiro, evocava as diversas culturas deste país, trazendo canções consagradas e pouco conhecidas, entre regravações e inéditas. O disco contou com a participação especial de vários cantores e músicos, dentre os quais Alcione, João Gilberto, Egberto Gismonti, Fátima Guedes, Hermeto Paschoal, Sivuca, Wagner Tiso, Toninho Horta, Jacques Morelenbaum, Jaime Além, Márcio Montarroyos, Mônica Millet e Almir Sater, além da diva Nina Simone.
Nos seus 50 anos de carreira, celebrados em 2015, Bethânia foi a grande homenageada da 26ª edição do Prêmio da Música Brasileira, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Numa noite de gala, algumas das maiores vozes da MPB se reuniram para render elogios e aplausos ä cantora.
Em 2016, foi homenageada pela escola de samba Mangueira, que desfilou no carnaval do Rio de Janeiro com o enredo Maria Bethânia, a menina dos olhos de Oyá. A escola foi a última a desfilar e se sagrou campeã do carnaval carioca.
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