Geração Millennial dita as novas regras do ambiente de trabalho
A geração Millenial, ou geração Y, é a grande promessa para mudar o mundo. Composta por pessoas nascidas entre 1980 até meados de 1990, essa geração cresceu cercada pela tecnologia, em uma época de grandes avanços, prosperidade econômica e altos índices de urbanização, o que influenciou fortemente seus estilos de vida e comportamento no ambiente de trabalho.
De acordo com a consultoria Booz Allen, os Millenials formam a faixa etária mais expressiva no mercado de trabalho norte americano atualmente e, globalmente, possuem um poder de compra de U$2,45 trilhões. No Brasil, a geração será 44% da população economicamente ativa do país ainda neste ano, movimentando R$ 268 bilhões. Isto faz com que eles sejam os mais importantes colaboradores de uma empresa.
Graças à tecnologia, estes jovens estão habituados a ter uma vida mais globalizada, mantendo laços sociais e profissionais ao redor do mundo com a ajuda das redes sociais e dispositivos móveis e exigem uma maior diversidade de desafios no ambiente de trabalho, com retornos variados, bem distintos da estabilidade e plano de carreira que seus pais esperavam. Liberdade e colaboração são palavras-chave no ambiente organizacional desejado, onde a criação e produção de um material acontece de forma integrada, com várias ferramentas, em um ambiente extremamente dinâmico.
Algumas empresas acreditam que os Millennials não valorizam a socialização, pois preferem interagir através de mídias sociais ou mensagens de texto ao invés de se comunicar face-a-face. Porém, de acordo com um realizado pelo Hogan Institute, os Millennials apresentam maior pontuação na escala de socialização do que as gerações anteriores. O fato desta geração preferir interação permeada pela tecnologia não significa que eles evitam socialização, somente que preferem fazer de uma maneira diferente.
De acordo com a pesquisa Future of Work, realizada pela ADP, os Millennials acreditam que a liberdade dada pelas empresas ainda não é suficiente, e que as organizações ainda precisam se adaptar. Segundo Mariane Guerra, VP de Recursos Humanos da ADP, empresas que possuem menos de 20 anos são mais propensas a adaptar-se para dar mais liberdade às pessoas, especialmente porque foram construídas em sistemas de TI/conectividade que permitem uma maior coordenação entre distância e tempo. Empresas como essas estão conquistando os profissionais do futuro.
Para se adaptar a esse novo público, as organizações estão adotando novas formas de trabalho. Por meio da tecnologia, é possível atender várias das demandas dos Millenials, como mobilidade, educação, integração, compartilhamento de informações, e outros desejos que venham a surgir.
Para responder à essas exigências, o RH vem adotando novas soluções e softwares que ajudam a tornar o ambiente mais conectado, colocando-as ao dispor dos gestores e dos funcionários, com a vantagem adicional de aumentar a produtividade. “Esta nova forma de agir permite que o trabalho seja realizado em horários e locais flexíveis, proporcionados pelas últimas tecnologias como aplicações móveis, computação em nuvem, virtualização e redes sociais”, acrescenta a executiva.
Ainda de acordo com a pesquisa Future of Work, mais de 2/3 dos colaboradores na América Latina acreditam que as organizações já estão utilizando tecnologia para mensurar e impactar o bem-estar de seus funcionários. A maioria dos entrevistados espera ser pessoalmente afetado por essa mudança e estão muito animados sobre isso, especialmente os Millennials.
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