A Garota Dinamarquesa
Lançamento | 11 de fevereiro de 2016 |
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Dirigido por | Tom Hooper |
Com | Eddie Redmayne, Alicia Vikander, Ben Whishaw mais |
Gênero | Drama , Biografia |
Nacionalidade | EUA , Reino Unido , Alemanha |
Cinebiografia de Lili Elbe (Eddie Redmayne), que nasceu Einar Mogens Wegener e foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. Em foco o relacionamento amoroso do pintor dinamarquês com Gerda (Alicia Vikander) e sua descoberta como mulher.
Primeira transgênero a mudar de sexo é retratada pelo diretor de O Discurso do Rei
O londrino Tom Hopper retorna ao seu gênero favorito, o cinema de época, em A Garota Dinamarquesa (The Danish Girl).
Como em seu filme vencedor do Oscar, O Discurso do Rei, o longa acompanha um personagem inspirado em fatos em sua luta interior por equilíbrio. Aqui o foco é em Lili Elbe, a primeira transsexual a passar por uma operação de mudança de sexo.
Baseado no livro de David Ebershoff, A Garota Dinamarquesa se passa na Copenhagen da década de 20. Na cidade, dois artistas vivem para sua arte e um para o outro. Ele, Einar (Eddie Redmayne), pinta paisagens delicadas e tem obtido sucesso em sua carreira. Ela, Gerda (Alicia Vikander), faz retratos e luta por atenção. Ao pedir que Einar pose com roupas femininas para terminar uma obra, porém, ela inadvertidamente inicia uma secreta obsessão no marido, que se lança em uma jornada de auto-descoberta.
Ainda que conte com a sensibilidade de Hopper e seja lindamente fotografado por Danny Cohen, o filme repousa mesmo é nos ombros do casal principal, que seguram a história de amor, cumplicidade e compreensão com paixão. Se pela escolha do tema e o tom do filme fica claro que o diretor pretende fazer com que o raio caia duas vezes no mesmo lugar, o mesmo pode ser comentado sobre Eddie Redmayne. O vencedor do Oscar 2014 por A Teoria de Tudo entrega-se aqui novamente a um papel difícil e transformador. Seu trabalho é tão poderoso quanto seu retrato de Stephen Hawking – e tão sensível e emocional quanto.
Mas apesar do ator desaparecer em Lili, é Alicia Vikander quem rouba a cena. É de sua personagem o olhar que inicialmente vê feminilidade no marido. E apesar dele ser quem efetivamente viverá na pele as agruras de ser transgênero, numa época em que pessoas eram internadas por isso, é dela a força que conduz a transformação. Ao mesmo tempo em que Gerda tem que ajudar Lili, precisa lidar com a solidão da perda do parceiro, tudo enquanto cuida da casa e busca estabelecer sua carreira. A intensidade de Vikander é soberba e a “garota dinamarquesa” do título original poderia muito bem referir-se a ela.
Crítica Por ÉRICO BORGO
A Garota Dinamarquesa Trailer Legendado
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