Olodum apresenta tema para o desfile dos foliões
Bloco apresenta fantasias que falam dos jovens negros, das tribos urbanas e da miscigenação entre índios, negros e brancos
A beleza das cores do Olodum será vista na sexta e domingo de Carnaval quando o bloco Olodum desfila nos três circuitos do Carnaval de Salvador. Influenciado pelo tema Brasil mostra tua cara! Sou Olodum, quem tu és?“, o figurino aborda as discussões entre os jovens negros, as tribos urbanas e a miscigenação entre índios, negros e brancos. O Olodum segue a tradição de mostrar nas ruas seus abadás temáticos.
Idealizados por Miguel Carvalho, a ala de dança representará as Manifestações Populares, além da alegria, as cores vibrantes e a emoção do negro, indígena e branco, a mais pura diversidade étnica do Brasil.
No primeiro dia, sexta-feira, os abadás representarão as diversas tribos urbanas onde o grafite esta ligado diretamente a vários movimentos, que surgiram com o objetivo principal de expressar toda a opressão que a humanidade vive, principalmente os menos favorecidos. O grafite reflete a realidade das ruas. Esta arte será de Luciano Ribeiro.
No domingo, os foliões vestem camisas que representarão os “Jovens Negros Vivos“. Segundo a Anistia Internacional foram assassinados 30 mil jovens no ano de 2012 e do total dos mortos 77% eram negros, o que denuncia um genocídio silenciado de jovens negros no Brasil. Miguel Carvalho também assina o segundo dia.
O grupo faz sua tradicional abertura do Carnaval no Pelourinho na sexta-feira, dia 5, quando desfila nas ruas do pelourinho e em seguida desce para dar cor e vida ao circuito Campo Grande, Centro Histórico. No domingo, todo o colorido, alegria e beleza do Olodum abre o circuito Barra- Ondina.
O bloco Olodum que este ano recebe o nome “Brasil mostra tua cara! Sou Olodum, quem tu és?” tem o patrocínio da Caixa Economica Federal, da Bahiagás (através da lei Roanet), da Petrobrás e a Air Europa.
Cores – As cores que representam a banda também não foram escolhidas ao acaso. Todas juntas formam a base do Pan-Africanismo, Rastafarianismo e do Movimento Reggae. São as cores internacionais da diáspora africana e constituem uma identidade internacional contra o racismo e a favor dos povos descendentes da África. O verde, as florestas equatoriais da África. O vermelho, o sangue da raça negra. O amarelo, o ouro da África (maior produtor mundial). O preto, o orgulho da raça negra. O branco, a paz mundial.
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