Festival de Música e Artes do Olodum – FEMADUM 2017

Evento se inspira no Festival HEB-SEB dos egípcios para realizar mais uma edição no Pelourinho

Comtema do Carnaval 2017, O Sol – Akhenaton: Os Caminhos da Luz, o Olodum apresenta mais uma edição doFestival de Música e Artes do Olodum – FEMADUM. O evento acontece neste final de semanadias 21 e 22 de janeiro, a partir das 12 horas no Largo do Pelourinho. Diversas manifestações culturais se apresentarão e diversos nomes serão homenageados.

O FEMADUM é o principal evento cultural do Olodum, antes do carnaval. Criado pelo Bloco Afro Olodum nos anos 80, o festival divulga a diversidade da cultura afro baiana e brasileira, além de dar oportunidade e visibilidade a talentos populares que buscam na cultura Afro uma fonte de inspiração.

Este ano, o grupo também festeja os 30 anos de Samba Reggae e realiza a campanha “Eu Falei Faraó”, relacionada com os 30 anos do primeiro LP da Banda Olodum, Egito Madagascar de 1987. Foi no Femadum que na década de 80, Luciano Gomes apresentou a música Deuses Cultura Egípcia, popularmente conhecida como “Faraó”. Música responsável por ao mesmo tempo visibilidade e popularidade ao Olodum e ao Sambam reggae.

Em 2017, o FEMADUM inspirou-se no Festival HEB-SEB dos egípcios para realizar mais uma edição de um dos mais importantes festivais de música negra no mundo. O Festival HEB-SEB era realizado sempre que um faraó completava 30 anos de reinado e, por meio de um ritual dramático e sombrio, o faraó era submetido publicamente a um sacrifício, em que o mesmo morria simbolicamente e em seguida ressuscitava para continuar governando o seu reino com força e vigor.

Assim, 30 anos depois de estourar como sucesso, a música Faraó volta a ser o centro das atenções de todos os seus súditos, que empolgados continuam a cantar: “Que mara, mara, mara, maravilha ê/ Egito, Egito Ê”.

Literatura Faraônica – Pierre Onassis, Tonho Matéria e Marquinhos Marques se juntarão a Lazinho, Mateus e Narcizinho na primeira edição da Literatura Faraônica. O encontro mistura música e poesia, todos influenciados na cultura egípcia no Brasil. Dentro da programação, interpretação de canções como Ê Faraó (Luciano Gomes, e Lazinho), Literatura Faraônico (Pierre Onassis e Narcizinho), O Casal Solar (Tonho Matéria e Mateus), Reggae dos Faraós (Marquinhos Marques e Adailton Poesia) e Influências Egípcias (Ademário e Reni  Veneno).

Homenagens – Perto de completar 200 anos de existência, a Irmandade da Boa Morte será a instituição homenageada pelo grupo Olodum com o Troféu Ujaama no  FEMADUM 2017. Também serão homenageados nomes como o advogado Edvaldo Brito Magda Sueli da Silva Paim.

Fundada em 1820, na Barroquinha, a instituição afro-católica se mudou depois para Cachoeira. A irmandade da Boa Morte é considerada a primeira entidade feminista do Brasil e é profundamente marcada pelas influências das religiões católica e do candomblé. Uma das principais peculiaridades da irmandade é que ela é formada somente por mulheres, todas acima dos 50 anos.

A Festa da Boa Morte, realizada anualmente no mês de agosto é, desde de 2010, considerada como Patrimônio Imaterial da Bahia e está inserida na proposta do turismo étnico da Secretaria de Turismo e da Bahiatursa e tem forte presença de turistas brasileiros e estrangeiros.

Baiano de Muritiba Edvaldo Brito é advogado tributarista, professor de jurisdição constitucional no mestrado do curso de direito da UFBA e, atualmente é Deputado Federal, foi prefeito de Salvador entre 1978/9 e secretário de assuntos jurídicos da prefeitura municipal de São Paulo, na gestão do prefeito Celso Pita, além de ser um militante engajado com a filosofia do carnaval social, a igualdade racial, a defesa das religiões africanas e com a defesa das creches e escolas comunitárias de Salvador.

Historia: Ao longo de 37 anos teve a participação de um público superior a 300 mil pessoas, sendo 10 mil por eventos.   O Femadum foi registrado em forma de vídeo pela TV Granada em 1981 dentro do filme Carnival Bahia dirigido por Carlos Passini, sendo o primeiro evento de um bloco afro a ser transmitido em imagens para a Inglaterra e o mundo.

No evento foram lançados no cenário musical baiano e brasileiro, jovens e talentosos compositores, até então desconhecidos, a exemplo de Suka, Rey Zulu, José Olissam e Domingos Sergio, Sergio Participação, Jau Peri, Pierre Onassis, Tonho Matéria, Valter Farias e Adailton Poesia, e o trio formado por Jucka Maneiro, Roberto Cruz e Sandoval, Legel, Wellington Epiderme Negra, Nego do Barbalho e Zenilton Ferraz.

Já participaram do evento vários grupos artísticos baianos, nacionais e internacionais, particularmente aqueles vinculados à cultura negra, além de personalidades de notório reconhecimento público, a exemplo de: Jimmy Cliff, Linton Kwesi Johnson, Mutabaruka, (Jamaica) o reggae man do Mali, Koko Dembele, Ray Lema do Congo, os angolanos Filipe Mukenga, Irmãos Almeida, MFA Kera de Madagascar, o Grupo musical Kilombo da Venezuela, e Afro Colômbia.

Gal Costa, Caetano Veloso, Sandra de Sá, Roberto Ribeiro, Luiz Melodia, Elza Soares, Mário Gusmão, Gilberto Gil, Daniela Mercury, Lazzo, Margareth Menezes, Xangai, Lecy Brandão, Ney Lopes, Banda Mato Seco, Emicida, Banda Tribo de Jah e Zezé Motta foram alguns dos artistas nacionais presentes. Personalidades como Pierre Verger, Mestre Didi, Mãe Estela de Oxossi do Terreiro Axé Opo Afonjá, o senador Abdias Nascimento e o presidente do SOS Racismo Francês e Sr. Harlem Desir.

A cada ano o Femadum desenvolve um tema ligado ao contexto histórico-político-cultural que também é utilizado como enredo para o carnaval. Assim, o Festival já teve como tema: Em 1992 – 500 anos da América um Olhar para o futuro, em 1993 – O Berimbau; 1994 – A Música Negra; em 1995 – Os 300 Anos de Zumbi dos Palmares; em 2007 – Marrocos – O país dos sentidos (Olodum Transariano); em 2008 – África do Sul – a Origem da Vida; em 2009 – Povo Dogons (Mali); em 2010 –   O Povo das Estrelas; em 2011 – Democracia e Comunicação, em 2012 – A Energia da música Percussiva; em 2013 – Samba, Futebol e Alegria – Raízes do Brasil, em 2014 – Ashanti – O trono Dourado – Yaa Asantewaa; em 2015 – Etiópia – A Cruz de Lalibela – O pagador de Promessa; em 2016 –  Brasil, mostra tua cara! Sou Olodum, quem tu és?

No Femadum  o Olodum fará algumas merecidas homenagens, entregando o Troféu Ujaama às personalidades que contribuíram e contribuem para o fortalecimento do Olodum e para a valorização da população negra.

FEMADUM 2017 – PROGRAMAÇÃO

Largo do Pelourinho – 21/01/17(sábado)

13h00 – Banda Percussiva Olodum e ala de canto

14h00 –  Banda Jahdirá (Reggae)

14h30 – Apresentação das 3 músicas finalistas

15h00 – Banda Percussiva Olodum e ala de canto

15h40 – Samba do Pretinho

16h10 – Banda Percussiva Olodum e ala de canto

17h00 – Encerramento

Largo do Pelourinho – 22/01/17(domingo)

13h00 – Abertura  – MC

13h10 – Banda Percussiva Olodum e ala de canto

13h40 –  La Catorce Bis – Argentina (Samba-reggae)

14h10 –  Banda Percussiva Olodum e ala de canto

14h40 – Entrega dos troféus

15h10 – Apresentação da “Literatura Faraônica” – convidados especiais, interpretando músicas alusivas ao Egito: – Músicas: Ê Faraó (Luciano Gomes e Lazinho) / – Literatura Faraônico (Pierre Onassis e Narcizinho) / – O Casal Solar (Tonho Matéria e Mateus) / – Reggae dos Faraós (Marquinhos Marques e Adailton Poesia) entre outro…

16h00 – Banda Percussiva Olodum

17h00 – Encerramento

Serviço

FEMADUM – Festival de Música e Artes Olodum

Dias: 21 e 22 de Janeiro (Sábado e Domingo)
Horário 12h às 18h
Local: Largo do Pelourinho – Pelourinho

Aberto ao público 

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