Congresso da UFBA promove debates sobre internacionalização da Universidade

Enquanto a Universidade Federal da Bahia (UFBA) celebra 70 anos, sua Assessoria para Assuntos Internacionais (AAI), voltada à inserção da Universidade em dinâmicas de cooperação internacional para produção e difusão de conhecimento, comemora 20 anos de criação. E um pouco do que essa assessoria tem feito nos últimos anos poderá ser examinado no Congresso da UFBA, de 14 a 17 de julho, quando seis mesas temáticas vão avaliar, discutir e debater formas de renovar as diversas ações de internacionalização propostas pela AAI.

Com a presença de convidados de outros estados – a exemplo do professor Dilvo Ristoff, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), reconhecido especialista em educação superior, com vários cargos já ocupados no Ministério da Educação (MEC) –, as mesas tratarão de mobilidade estudantil na graduação e na pós-graduação, de co-tutela(o doutorado com dois orientadores de distintas universidades e titulação pelas duas instituições), cooperação internacional em pesquisa, ações da UFBA no exterior, a UFBA se abre ao mundo e novos desafios após 20 anos de AAI.

Apesar de ter havido no Brasil, desde os anos 1930, iniciativas pontuais de relações com instituições estrangeiras por parte de professores, institutos e agências de fomento, a profissionalização da internacionalização é algo relativamente recente. Foi só a partir dos anos 1990 que começaram a ser criadas ou fortalecidas, na maior parte das universidades brasileiras, estruturas voltadas à gestão da cooperação internacional – como é o caso da Assessoria –, com a função específica de institucionalizar a aproximação com as agências nacionais e internacionais de fomento, embaixadas, consulados e organizações internacionais com atuação no Brasil.

“A velocidade com que o mundo se globalizou aumentou de forma exponencial nas últimas décadas. Para acompanhar esse processo é necessário adotar novas práticas, visando à assimilação de estudantes e docentes estrangeiros, assim como a presença de nossa comunidade em outros países. Fatalmente, internacionalizar se torna fundamental”, diz o assessor Roberto Andrade.

Segundo ele, a Universidade tem em torno de 400 acordos bilaterais com universidades estrangeiras, dos quais, cerca da metade ativos. O carro-chefe da Assessoria é hoje a internacionalização do ensino em nível de graduação. Assim, em 2014, a UFBA enviou 95 alunos para períodos de estudos fora do Brasil por meio de acordos bilaterais, sem incluir o programa Ciência Sem Fronteiras. No mesmo período, 109 graduandos estrangeiros foram acolhidos pela UFBA, e 25 missões internacionais foram recepcionadas.

“Pelos números de internacionalização, a UFBA está entre as 15 principais universidades brasileiras. A procura de estudantes e professores estrangeiros mostra que a ‘grife UFBA’ tem capacidade de atrair, pela qualidade de seu pessoal e de sua produção, mas também por ser o representante acadêmico mais identificado com a imagem e a cultura da Bahia”, avalia o assessor.

Recentemente, a UFBA alcançou reconhecimento nacional na oferta de cursos de idiomas. Dentro do programa Idiomas Sem Fronteiras, da Secretaria de Ensino Superior do Ministério da Educação (SeSu), o conjunto de iniciativas desenvolvidas sob a coordenação da professora Fernanda Mota, do Instituto de Letras, rendeu à Universidade o primeiro lugar numa avaliação feita pelo MEC, dentre 16 universidades.

Entre os principais desafios para o incremento da internacionalização da UFBA, Andrade menciona a necessidade de desenvolvimento de um portal na web em inglês e da oferta de disciplinas em língua estrangeira, além da eliminação de entraves burocráticos, como a falta de garantia de aproveitamento de disciplinas cursadas no exterior por estudantes em programas de mobilidade e a necessidade de tradução de documentos oficiais para o português.

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